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Gabinete de Apoio à Vítima – GAV

Deu início no dia 6 de novembro no CNAIM Lisboa o Gabinete de Apoio à Vítima – GAV, o qual decorre de uma parceria estabelecida entre a CIG, ACM e a APF.

Este Gabinete tem como objetivos o atendimento, a informação, o apoio e o encaminhamento personalizado de vítimas de:

  • Violência contra as Mulheres e Violência Doméstica (VMVD);
  • Práticas Tradicionais Nefastas, designadamente Mutilação Genital Feminina e casamentos infantis, precoces e forçados (PTN).

A atividade dos GAV referente às vítimas desenvolve-se em articulação com as restantes entidades da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD).

O GAV funcionará das 09:30 às 17:30, nos seguintes moldes:

Manhã (09:30-13:00) – atendimento ao público;
Tarde (14:00-17:30) – seguimentos.

No 2.º andar do CNAIM Lisboa.

O atendimento no GAV funciona com agendamento prévio o qual ocorrerá pelas seguintes vias:

cnaim.lisboa@acm.gov.pt;
LAM – Linha de Apoio Migrante – 808 257 257 / +351 218 106 191

Está previsto um programa de ações de sensibilização dirigidas às pessoas do CNAIM, bem como a entidades externas, por forma a melhorar as sinalizações na área da Violência Doméstica e Práticas Tradicionais Nefastas, bem como a apresentação e a atuação do GAV.

“Há uma semana, a psicóloga Augusta Barbosa, Técnica de Apoio à Vítima da Associação para o Planeamento da Família (APF) no Gabinete de Apoio à Vítima (GAV), recebeu um telefonema diferente. Era Maria (nome fictício), que lhe perguntava se já podia rasgar e queimar todas as peças do processo judicial de que foi vítima porque precisava de espaço em casa. O processo já tinha mais de sete anos. Maria fora vítima de violência doméstica durante dezenas de anos e o agressor só foi julgado e detido, acredita a psicóloga Augusta, porque além do crime contra Maria tinha outros crimes no seu currículo, como o abuso sexual de menores. “Mesmo depois de ele ser detido, esta mulher dizia-me todos os dias: ‘doutora, continuo cheia de medo, não consigo deixar de ter medo, porque a todo o momento ele sai da prisão e eu sei que sou uma mulher morta’”, conta Augusta. Mas quis o destino que este agressor morresse ainda encarcerado. “Agora sim, vivo em liberdade. Agora sim, não tenho mais medo”, confessou Maria a Augusta.”

Conheça o trabalho da Fundação Vodafone Portugal em articulação com a CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e com a APF, no combate à violência doméstica aqui.