Anel vaginal
O que é?
Consiste num anel de textura suave, transparente e flexível com cerca de 5 cm de diâmetro, que se insere na vagina uma vez por mês.
É um contracetivo hormonal combinado (estrogénios e progestagénio) que vai libertando estas hormonas de forma regular, para a corrente sanguínea.
É um método para mulheres que desejam uma contraceção hormonal combinada e não toleram ou não querem os contracetivos orais.
Como atua?
As hormonas que se encontram no anel vaginal – o estrogénio e o progestagénio – são semelhantes às hormonas produzidas pelos ovários e utilizadas, também, nas pílulas contracetivas. Estas hormonas são libertadas diariamente do anel, através das paredes da vagina, para a corrente sanguínea.
Atua inibindo a ovulação, isto é, impede que os óvulos se libertem dos ovários.
Quem pode utilizar o anel?
- Em geral, todas as mulheres saudáveis que queiram este método, mas previamente devem consultar um profissional de saúde
- As mulheres que têm contraindicações para o uso de estrogénios, não podem utilizar este método contracetivo.
Qual o nível de eficácia?
Desde que esteja bem colocado na vagina é um método eficaz.
Como se utiliza?
O anel é colocado na vagina pela mulher uma vez por mês.
A eficácia só depende da presença do anel na vagina.
A maioria das mulheres afirma que tanto a sua colocação como a remoção são fáceis. Só precisa de colocar o anel na vagina como se fosse um tampão e não precisa de se preocupar com a posição. Se sentir algum incómodo deve empurrá-lo um pouco para dentro.
Pode ser colocado:
- No primeiro dia da menstruação – a eficácia contracetiva é imediata e não é necessário usar um método contracetivo adicional; ou
- No dia em que decidiu usar este método – a eficácia contracetiva não é imediata e deve usar um método contracetivo adicional (por exemplo preservativo);
- O anel deve permanecer na vagina durante 3 semanas consecutivas (21 dias). Neste dia deve ser retirado pela mulher;
- Segue-se um intervalo de uma semana até ser colocado um novo anel. Durante este período de tempo surge uma hemorragia de privação (“menstruação”),
O que fazer se deixou passar o dia de colocação de um novo anel?
Se tiver tido relações sexuais no período em que se esqueceu do anel, existe o risco te ter engravidado, pelo que deve contactar imediatamente o médico. Se não, logo que possível coloque o novo anel mas use também medidas contracetivas adicionais durante 7 dias.
E se esquecer de retirar o anel?
Até um máximo de 4 semanas, o método mantém a eficácia. Retire o anel e, como habitualmente, faça um intervalo de 1 semana e depois volte a colocar um novo.
Se passar as 4 semanas, o método perde a eficácia, como tal, pode ter engravidado, sendo importante contactar o médico.
É incómodo no dia-a-dia?
Não, a maioria das mulheres não tem queixas em relação à utilização do anel no dia-a-dia.
Provoca incómodo durante as relações sexuais?
Não. São raras as queixas do casal. Por vezes há quem mencione que o “sente”, mas não provoca dor nem incómodo.
O anel pode deslocar-se no organismo ou mesmo sair da vagina?
Não necessita de se preocupar, pois o anel não pode perder-se no corpo. Eventualmente pode sair da vagina, mas basta lavá-lo com água fria ou morna, (nunca água quente) e voltar a colocá-lo, tendo em atenção que o anel não pode estar mais de três horas fora da vagina pois perde a eficácia contracetiva.
Quais as vantagens?
- É fácil de usar;
- É de uso mensal, pelo que não tem que pensar todos os dias em contraceção, apenas tem que se lembrar de mudar o anel uma vez por mês;
- Ao contrário da pílula, as hormonas não necessitam de ser absorvidas pelo aparelho digestivo, permitindo que a eficácia deste método não seja posta em causa, em caso de vómitos ou diarreia;
- Tem as mesmas vantagens não contracetivas da pílula oral: controle do ciclo, menstruações escassas e não dolorosas, entre outros;
- É um método reversível;
- Não interfere com as relações sexuais;
- Raramente a mulher ou o parceiro terão queixas relacionadas com o seu uso; e
- É possível fazer o exame ginecológico sem retirar o anel.
E as desvantagens?
Não protege contras as Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Quais são os efeitos secundários?
Os efeitos secundários possíveis são semelhantes aos observados com a toma da pílula contracetiva. Normalmente não são graves e são passageiros. Os mais frequentes são:
- Náuseas;
- Tensão mamária;
- Perda de sangue escassa e irregular; e
- Em caso de dores de cabeça persistentes, dificuldade respiratória ou outro sintoma, deve consultar o seu médico.